terça-feira, 10 de julho de 2007

Ode à mulherada

Admiro a sutileza feminina. Digo isso claro, tomando por base a mulherada que me cerca e uma coisa que me aconteceu nesse fim de semana.
Domingo, lá estávamos Moni e eu no Madame Satã. Entre um Smiths e um Wolfsheim, um ou outro noiaba tenta chamar a atenção usando os mais irritantes artífícios. Quando não estão cutucando ou te puxando pelo braço, eles apelam pro pior: simplesmente "brotam" na sua frente e começam a dançar feito mico de circo. Daí, você fica lá, segurando pra não rachar o bico, pro otário não pensar que a risada é "pra" ele, quando na verdade é "dele". Moniquinha lançou essa e assino embaixo.
Algumas cotoveladas e olhares gelados depois, num momento em que Moni e eu descansávamos um pouquinho, uma menina franzina se aproximou.
- "Oi. Posso te fazer uma pergunta?"
- "Xi, lá vem!" – Pensei.
- "Não me leve a mal, mas você tá acompanhada?"
Fiquei sem ação na hora. Não pela pergunta, mas pelo jeito educado com que ela me abordou. Também, né? Depois das macaquices dos noiabas, eu tava preparada pra qualquer tipo de palhaçada – o que não incluía, lógico, a aproximação de uma pessoal sutil e agradável.
- "Achamos que você se parece tanto com uma amiga nossa, né, Mô?" – Respondi, apontando pra Moni e desconversando.
Acabou que ela ainda ficou na pista com a gente por mais uns 15 minutos. Daí, Moni e eu nos despedimos e fui embora pensando o quanto a maioria dos homens (o que exclui meu marido e amigos, lógico, hehehe!) é imbecil e pré-histórica. Definitivamente, não sabe como abordar uma mulher, o que é uma pena.
Se você, ó macho, tá lendo esse post e é um dos manos que adora colar na mulherada dando aquela "dançadinha circense", deve mudar urgentemente seus conceitos. Isso só funciona na "Malhação" e olhe lá!
"Mãos peludas", aprendam com as mulheres! Todas elas.