segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Mereço tudo isso mesmo?


Essa noite sonhei que encontrava os Beatles numa festa e ganhava um meeeeeega abraço gostoso do John Lennon. Acho que tenho me comportado bem, porque pra ter um sonho desses...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Ode à mulherada

Admiro a sutileza feminina. Digo isso claro, tomando por base a mulherada que me cerca e uma coisa que me aconteceu nesse fim de semana.
Domingo, lá estávamos Moni e eu no Madame Satã. Entre um Smiths e um Wolfsheim, um ou outro noiaba tenta chamar a atenção usando os mais irritantes artífícios. Quando não estão cutucando ou te puxando pelo braço, eles apelam pro pior: simplesmente "brotam" na sua frente e começam a dançar feito mico de circo. Daí, você fica lá, segurando pra não rachar o bico, pro otário não pensar que a risada é "pra" ele, quando na verdade é "dele". Moniquinha lançou essa e assino embaixo.
Algumas cotoveladas e olhares gelados depois, num momento em que Moni e eu descansávamos um pouquinho, uma menina franzina se aproximou.
- "Oi. Posso te fazer uma pergunta?"
- "Xi, lá vem!" – Pensei.
- "Não me leve a mal, mas você tá acompanhada?"
Fiquei sem ação na hora. Não pela pergunta, mas pelo jeito educado com que ela me abordou. Também, né? Depois das macaquices dos noiabas, eu tava preparada pra qualquer tipo de palhaçada – o que não incluía, lógico, a aproximação de uma pessoal sutil e agradável.
- "Achamos que você se parece tanto com uma amiga nossa, né, Mô?" – Respondi, apontando pra Moni e desconversando.
Acabou que ela ainda ficou na pista com a gente por mais uns 15 minutos. Daí, Moni e eu nos despedimos e fui embora pensando o quanto a maioria dos homens (o que exclui meu marido e amigos, lógico, hehehe!) é imbecil e pré-histórica. Definitivamente, não sabe como abordar uma mulher, o que é uma pena.
Se você, ó macho, tá lendo esse post e é um dos manos que adora colar na mulherada dando aquela "dançadinha circense", deve mudar urgentemente seus conceitos. Isso só funciona na "Malhação" e olhe lá!
"Mãos peludas", aprendam com as mulheres! Todas elas.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

A intuição feminina

"Triatleta cai de bicicleta e é atingida por dois carros na Rodovia Castelo Branco."
"Dois ciclistas de 27 anos morreram atropelados ontem na Rodovia Bandeirantes."

Essa foi a singela troca de emails que rolou horas antes da gente pedalar até o Hopi Hari. Consequência: a noiabinha aqui, medrosa do jeito que é, teve insônia. Fritava de um lado, cozinhava do outro e um mau pressentimento não me deixava dormir. O relógio apontava 03h30 da última vez que olhei pro marcador, e lógico que não conseguimos levantar às 06h como combinado. Sendo assim, nos dividimos em dois grupos e fomos andar de bike em lugares diferentes.
Confesso que enquanto girava pela Bandeirantes, rogava proteção pra tudo que é divino. "Cristo, Krshna, John Lennon, ajudem!", mas a sensação ruim ainda tava lá, se divertindo sobre meus ombros encolhidos. Vinte quilômetros depois, o maridão e eu paramos pra "abastecer". Foi quando ouvi meu celular apitando. "Quebrei meu pé. Merda." - Mensagem do Talitão. Eu sabia. Liguei pra Ta e descobri que ela também não se sentia muito bem naquele dia. Antes de entrar na estrada, se desequilibrou da bicicleta e caiu sobre o pé. Resultado: 45 dias de molho.
Nos 20 km de volta, o maridão teve que me aguentar: "Nunca subestime o sexto sentido de uma mulher." Acho que ele aprendeu. E eu também – da próxima vez que minha intuição der sinal de vida, não vou ignorar.

E Talitão, melhora logo, tá?

sexta-feira, 20 de abril de 2007

O direito à tatuagem

" – Acabou a tatuagem?" – Me pergunta um tiozinho na porta da Fnac. Ele se referia à minha nova tattoo do braço direito, que foi só riscada.
" – Não e não tenho pressa." – Respondi sorrindo. Era pra ele entender: "Quando tiver grana e mais coragem, termino." O tiozeira não entendeu o recado...
" – Ah, se arrependeu, né?"
Maldito do inferno! Devia ter percebido pelo tom de voz e pelo ar de anão Zangado da Branca de Neve que o mano queria causar.
" – Não, não me arrependi e já tô pensando na próxima." – Respondi já fechando a cara.
" – Tatuagem é bom pra quem é novo. Quando tiver velho assim, com as pelancas caindo como eu, vai perceber que perde o respeito das pessoas. É atraso de vida." – O Smurf mal humorado insistia.
Concluí que atraso de vida era continuar aquela conversa. Pra encerrar o papo inútil, já que o manobrista chegava com meu carro, resolvi ser curta e grossa:
" – Discordo. Meu avô é tatuado." – Mentira deslavada.
" – Ah, é? E o que ele faz?"
" – Ele gerencia uma construtora famosa. Esqueci o nome agora..." – Baixou o Pinóquio!
" – E os funcionários respeitam ele?"
" – Óbvio. Ou ele não estaria no cargo há mais de 10 anos." – E entrei no carro sem me despedir.
A resposta não foi das melhores, mas me diverti com o fato de ter "promovido" meu avô querido, que trabalhou como pedreiro até os 70 e poucos anos, e hoje vive feliz da vida numa casa em Goiás.


(Na foto, parte da tatoo do maridão que tá fechando o braço com o Gonta - http://www.fotolog.com/gontattoo)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Caiu, levanta!


Um cotovelo ralado e muitos hematomas pelo corpo. Esse é o resultado parcial desse primeiro mês em que inventei de correr de bicicleta. E não foram só as minhas pernas e braços que levaram a pior - meu bolso também foi avariado, afinal de contas, é uma bicicleta de corrida! Corri-daaaaa! A bichinha não pesa mais de 9 kilos, tem rodas de não-sei-o-quê, câmbio de "vai saber", e um quadro de fibra de carbono (isso eu sei!) cujo número é 47. Graças a essa bela numeração, que varia de acordo com a altura do indivíduo, eu gastei na donzela um valor considerável de "titim" (em desenho animado, esse é o som do dinheiro indo embora). E não é só isso! Junto com a sua maravilhosa bicicleta ultra-master-mega-pró-noiaba, você ainda tem que comprar capacete, luvas, uma blusa coladinha com um bolso para quitutes (sim, você pode comer enquanto pedala - se tiver coordenação pra tal) e ainda uma bermudinha, que eu vou te contar... Ah, a bermudinha! Quando o maridão apareceu vestido com aquele negócio, rolei de rir. Três semanas depois, era eu que usava uma calça justiiiiiinha com enchimentos entre as pernas. Sim, lá mesmo. É péssimo, mas impede aquela dor na bunda típica de quem anda de bike.

Bom, além das dores na bunda, do bolso vazio e do corpo machucado, o ciclista ainda corre o risco de se quebrar de verdade. Vi vídeos de pessoas com o osso da perna saindo pra fora e o nariz pra dentro, e hoje li o texto de um triatleta que acabou com as nádegas no pneu traseiro da "magrela", por causa do parafuso que segura o banco. Foi perda total...

Pois é, por essas e outras você pode perguntar: "se o ciclista só se ferra, por que os atletas continuam pedalando?" Pra saber a resposta, só vestindo a bermudinha e a blusa coladas, e dar a cara pra bater. Quer dizer, não só a cara... A sensação é uma das melhores que experimentei. Não dá pra descrever, tem que vivenciar.

Nesse fim de semana vamos encarar 60 km até o Hopi Hari. Se eu aguento? Isso só vou saber no sábado...